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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Ya mano...vou de reboque!

Sempre fui um bocadinho "maria-rapaz" nas brincadeiras...
Passava o dia fora de casa a andar de bicicleta e nunca liguei muito às barbies...talvez porque nunca tive nenhuma! Tinha uma Darling com um vestido de tule com flores brilhantes e cabelos louros...super parecida com a barbie mas com uma pequena diferença: tinha os pés chatos e usava umas sabrinas.
Não tinha Ken, então era este o namorado da minha Darling.

Voltando à "maria-rapaz", por volta dos 12 anos pedi ao meu irmão que me ensinasse a conduzir e ele ensinou! (..que perigo!..)
"Riding down the Highway to Hell"
Sempre adorei conduzir..e nunca tive grandes problemas, com  exceção do cabo das tormentas que passei com um Opel Astra que levava para a faculdade. 
Sempre que dizia ao meu pai que achava que o carro estava a fazer um barulho estranho, ele respondia: "são nervos".
Sim...nervos, isto mesmo.
Com este carro,num intervalo temporal de 2 meses, desenvolvi uma relação de amor-ódio. Vou explicar porquê.
São nervos, é??! Eu te digo!
Primeiro local: A1.
Fiquei sem médios a caminho de Lisboa (na zona de Vila Franca...menos mau!); parti o tensor que segura o motor e o carro parou de repente e, por fim, numa sexta, ansiosa para vir para casa constato que o carro  não tinha bateria (problemas com o alternador).

Segundo local: 2ª circular.
Ao passar as torres de Lisboa, sinto um cheiro estranho. Trazia comigo 3 colegas de curso.  Começo a ver sair fumo da parte da frente do carro e logo de seguida labaredas de fogo. Entrei em pânico (o pânico em mim dá-me para fazer coisas ainda mais perigosas e foi o caso!), não deixava ninguém sair do carro, mesmo com o fumo a entrar. A colega mais velha viu a minha insanidade momentânea e assumiu as rédeas: mandou todas saírem e começou a perguntar se alguém tinha extintor. Veio um salvador. Apagou o fogo (ardeu toda a parte elétrica). Entretanto, ligo para casa e digo: "Pai o carro está a arder" e desligo o telefone.
Telefonar é sempre uma boa ideia.
Pais a 100 km de distância quase têm um ataque. Aciono o seguro. Vamos de táxi buscar novo carro. Ouvimos na rádio: "carro na berma, junto à saída das torres de Lisboa a dificultar o trânsito naquela zona". Pensei: "sou famosa".
Também sei fazer isto. Só não tenho nenhum chapéu.
Vim para casa num Ford Fiesta a gasolina. Chego a casa e passo o fim-de-semana sem grandes complicações. Volto para Lisboa já com o Opel Astra arranjado. A meio da semana, o meu irmão liga-me a perguntar:
"Mana, como vens para casa? De autocarro, carro ou reboque?"
Ya mano...vou de reboque!


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