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domingo, 15 de março de 2015

Histórias em cabeleireiros...!

Ontem os machos cá de casa foram ao cabeleireiro. O V. tem uma espécie de fobia aos cabelos  que caem para o pescoço provocando ataques de comichão e, sobretudo, recusa em deixar cortar. Mesmo preparando em casa o que lhe vai acontecer, ainda não conseguimos que o corte do cabelo decorra de forma descontraída e sem birras. 
Uma boa ideia meninas!
O V. é então um cliente, diria..."especial"... exigindo das profissionais uma paciência em dose dupla! (E dão o seu melhor!)...Todos os objetos que utilizam têm um nome, tentando assim distraí-lo do que vai acontecer e tornar o momento mais fácil para todos. Temos, o senhor peludo, a mota ou o trator. 
Um cliente assim, também exige trabalho, paciência e perícia.
Eu, por exemplo, adoro ir ao cabeleireiro! E os motivos que me levam a ir, nem sempre são os mesmos...Normalmente, vou porque: 
a) preciso de cortar o cabelo; 
Já está bem na hora.
b) estou chateada e vingo-me no cabelo fazendo um corte radical;
P.f. não me deixem fazer algo assim.
c) quero domar a juba e vou esticar o cabelo; 
Mais ou menos assim quando acordo.
d) presentear a minha auto-estima com o cabelo a cheirar a champô como deve ser.
Isto é um condicionador para cavalos, que eu não uso. 
Fútil?...às vezes, preciso!
Pensar nas cabeleireiras e no bem que nos fazem, fez-me lembrar uma história...
Há uns anos atrás, fui a um salão para arranjar o cabelo. 
Nos anos 50 era assim.
Naquele dia apetecia "mimar-me" (ainda não tinha despesas fixas, vivia na casa dos pais e o meu ordenado sobrava no final do mês!)...entrei e a cabeleireira disponível naquele dia, não era propriamente, a minha favorita, mas....tudo bem... Lavou-me o cabelo, fez uma massagem, sem grandes conversas, o que nem é bem normal...porque, muitas vezes, uma cabeleireira também pode ser psicóloga e a conversa flui...o que não foi o caso.

Continuando...
Enquanto ela lavava a cabeça, eu ia pensando..."se elas soubessem que nunca mais comprei o champô que me aconselharam...vão já dizer que o cabelo está baço!" e "também o champô é tão caro, é quase impossível andar sempre a comprar.."
O trabalho prosseguiu...eu já estava quase totalmente penteada, quando ela me pergunta:
"Que champô andas a usar?"
Antes de responder, pensei "Ops...mas porque raio me está a perguntar isto?! Caramba!  E agora?!" 
"O do supermercado"
Aqui, deixem que vos diga...ela entrou em choque, fez cara de azedume e rematou:
Ficou assim.
"Eu logo vi, o teu couro cabeludo tem um cheiro a bafio que não se pode!"
Nunca mais lá voltei.
Isto sim, cheira a bafio.


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